sábado, 23 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Na Favela dos Ciganos, Santo André, dia em que lixeiro passa virou data comemorativa.

Mais detalhes no último post (15 de fevereiro).




sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Após algum tempo de ausência, o que às vezes faz-se necessário, estou de volta e publicarei a conversa que tive com a Rose (moradora da favela). O farei aos poucos, visto que o conteúdo é extenso e diverso em temas, cada um com sua grandeza de importância.

Hoje falarei a respeito de dois problemas que se agravam um ao outro e dia após dia: o lixo por toda a parte e o matagal existente atrás da favela.

No dia 31 de janeiro, registrei uma imagem do lixo que se acumula na parte externa da favela. Esse lixo ainda estava lá no dia 5, estando, logicamente, em volume aumentado devido à acumulação e falta de saneamento básico. E o lixeiro, não passa? É aí onde a minha indignação aumenta! De acordo com a Rose, o lixeiro passa sem data certa, nas palavras dela, "quando quer". Vejam vocês que a maioria das casas, muitas com cada andar ocupado por uma família diferente, não têm quintal. Onde, Cristo, esses moradores podem acumular seus lixos até o momento de fazerem o descarte corretamente? E como sequer saber qual o momento certo para o descarte se o lixeiro não passa periodicamente? Neste ponto da conversa, preciso expor outro absurdo que não é visto por quem não é um pouco mais íntimo da realidade dessa favela; há uma área ao fundo da favela, na qual os moradores não podem mexer, não podem nem mesmo cimentar. Essa área é de terra úmida e de mato. Mas é claro que se eles não podem cimentar, a prefeitura ou o responsável pelo terreno cuida, né? Claro que não! E imaginem o mato crescendo impune, em terreno fértil  propiciando a insetos, cobras, ratos e outros peçonhentos uma excelente morada e campo para procriação. A Rose observou que é muito comum encontrar escorpiões e cobras nas casas, e que ela mesmo já presenciou isso algumas vezes. Será que a palavra descaso cabe aqui? Fazendo um pequeno adendo, tudo isso implica em doenças, em riscos para as crianças que adoram se aventurar, ou mesmo para qualquer morador, seja por picadas ou pela urina desses bichos. E o lixo? Ah! o lixo. A problemática da falta de periodicidade por parte dos lixeiros leva alguns moradores a se desfazerem do lixo exatamente nesse terreno, que já é caótico por si só. O mal cheiro é terrível e as condições levam a piora gradativa, visto que estamos falando em acúmulo, mato que não para de crescer e peçonhentos que se multiplicam. E essa, senhoras e senhores, é só uma das pedras cravadas na coroa de lixo que rodeia toda a favela.

Descrito está um pequeno bocado de um drama completo que se arrasta e arrasta com ele sujeitos de direito como você e como eu.

*CIDADANIA: São disponibilizadas caçambas para o descarte diário do lixo e isso é visto pelos moradores como algo negativo. O motivo é que pessoas de fora da comunidade trazem objetos velhos como sofás, por exemplo, para jogar na caçamba e atear fogo, atitude que faz com que a culpa seja lançada aos moradores. Porra, pessoal! Nem tudo é culpa das autoridades, precisamos nos ajudar. Não atrapalharmo-nos uns aos outros já seria bem-vindo, além de ser muito elegante e nada menos do que a obrigação de cada um.


A vista que a Rose tem da parte alta, aos fundos de sua casa.


1- Terreno aos fundos da favela - pequena amostra vista de perto.


2- Terreno aos fundos da favela - pequena amostra vista de perto.


Rose na porta dos fundos de sua casa.


Mesmo local fotografado no dia 31 de janeiro (foto feita no dia 5 e fevereiro).





quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Ontem estive na casa da Rose, na Favela dos Ciganos. A primeira novidade que tenho é que ela está andando! Fiquei extremamente feliz ao vê-la em pé, me esperando na rua principal da favela, apenas com o auxílio de uma bengala. Conversamos por horas e isso me rendeu muito material que irei postar logo. Uma das coisas que a Rose me disse é que ela tem muita vontade de conhecer um museu da cultura cigana localizado na cidade de Santo André, mas que não sabe onde fica. Uma simples pesquisa na internet me direcionou ao site do museu que de fato localiza-se na Vila Floresta em Santo André. Fiquei bastante interessada em visitá-lo e verificar se lá existe algum registro dos ciganos que fundaram a favela.

Segue o endereço do site:
http://www.museucigano.com.br/